David Justi

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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Mobiliario Bauhaus, Imortal


Às vezes é difícil estabelecer o começo, o instante em que o vento mudou de direção.
Mas o design moderno tem certidão de nascimento, com data e local: Weimar, Alemanha, em 21 de março de 1919. Foi quando o arquiteto Walter Gropius assumiu a direção das duas escolas de arte da cidade alemã, unificando – as sob o nome de Bauhaus - em tradução livre, “casa para construir”. Surgia o design para todos, radicalmente oposto à arte de salão clássica.
Com o intuito de estimular o questionamento na arquitetura e do design, ambos à mercê dos caprichos  da industria.
Desenho racional, paleta de cores que prioriza o azul, o vermelho e o amarelo, o geométrico e o assimétrico substituindo o ornamento. “Na época em que a escola foi fundada, a produção em massa desprezava qualquer preocupação com a funcionalidade”, lembra o arquiteto Aurelio Martinez Flores. A Bauhaus chegou com outro conceito: o mais importante é a habilidade técnica. Assim, as criações nada teriam além do absolutamente funcional, decretando o fim dos enfeites desnecessários”.
No mobiliário isso se materializa nas linhas puras da cadeira Wassily, de 1925: o desenho está a serviço do conforto, o aspecto do móvel é de leveza, a Wassily em nada remete ao rebuscamento do fim do século 19, por exemplo.
Ironicamente, pouco da Bauhaus foi produzido pela industria da época e boa parte do mobiliário só se popularizou nos anos 50, quando empresas como a norte americana Knoll editaram peças dos designers que são símbolo da escola até hoje”. Destaca Annemarie Jaeggi, diretora da Bauhaus Archiv, em Berlim.
A Bauhaus influenciou o jeito de fazer ao redor do mundo e no Brasil o maior divulgador desse ideário foi Le Corbusier, que influenciou a escola capitaneada por Oscar Niemayer.
O mobiliário Bauhaus é ousado e moderno; se encaixa em qualquer decoração bem planejada. Peças de mobiliário que são obras de arte e tem se valor moral e material eternizados.